sexta-feira, 10 de outubro de 2014

Diamante rosa atinge preço recorde em Hong Kong

Enquanto os estudantes clamavam por mais democracia nas ruas, decorria na filial da Sotheby’s de Hong Kong um leilão com preços muito pouco democráticos. A estrela da noite de terça-feira, que rendeu um total de 584 milhões de HK dólares (cerca de 59 milhões de euros), foi um diamante rosa de 8,41 carates.
“É extremamente raro aparecerem diamantes rosa naturais; alguns dizem que é mais do que raro”, pode ler-se no site da leiloeira. “Só 0,1% dos 20 milhões de carates extraídos anualmente é cor-de-rosa, e todo um ano de produção destes tesouros cor-de-rosa com mais de meio carate cabe na palma da mão”.
A competição pelo diamante de Hong Kong foi feroz, com o mineral a superar a estimativa mais alta, que era de cerca de 12 milhões de euros. Apesar de ter aproximadamente o tamanho de uma amêndoa (só o miolo), atingiu um valor de 14 milhões de euros.
A primeira referência a um diamante cor-de-rosa remonta ao século XVII. Conhecido por Diamanta Grande Table (diamante grande mesa), estaria incrustado no trono do Rei Mogol da Índia, Shah Jahan. O aventureiro francês Jean-Baptiste Tavernier, que o viu numa viagem à Índia, avaliou o seu tamanho em mais de 200 carates. Saqueado pelo Xá do Irão, acabaria por perder-se o rasto do mineral após o assassínio do seu proprietário.

Expedição encontra na ilha Graciosa fósseis de espécie de ave endémica dos Açores

Uma expedição de investigadores do Instituto Mediterrâneo de Estudos Avançados, de Palma de Maiorca, e do Grupo da Biodiversidade dos Açores, com a cooperação do Parque Natural da Graciosa, descobriu recentemente cerca de 20 ossadas de Rallus sp., uma ave já extinta que terá vivido em zonas húmidas endémicas dos Açores.

No significativo conjunto de ossadas encontradas, nas quais se incluem espécies de aves marinhas e passeriformes, destaca-se também o que pode ser uma nova espécie, que poderá estar relacionada com o Priolo, além de um tentilhão de grandes dimensões.

Esta expedição insere-se num projeto para o estudo das alterações ocorridas na biodiversidade faunística da Região Macaronésica e das Ilhas Baleares, no Mediterrâneo, durante o período Holocénico, que abrange os últimos 11.700 anos da história da Terra.

No arquipélago dos Açores, já foram visitadas, além da Graciosa, as ilhas de Santa Maria, São Miguel, Terceira e Pico, tendo sido descobertos fósseis de algumas aves já extintas no arquipélago.

Na expedição à Graciosa, foram visitadas algumas grutas da ilha, entre as quais a Galeria do Forninho, a Gruta do Bom Jesus e as furnas do Moinho, do Abel, do Enxofre, do Calcinhas, d’ Água, de Maria Encantada e do Dragoeiro.


GaCS