segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Saiba qual é o seu número entre a população


Milhares de milhões de pessoas viveram antes de nós, mas saber a que “número” corresponde o nosso nascimento – tal como hoje se prevê que nasça o bebé 7000 milhões – não é assim tão distante quanto se possa imaginar. As Nações Unidas desenvolveram uma plataforma onde é possível descobrir esse número.

Para isso, basta fornecer algumas referências pessoais básicas – como a data de nascimento – para o programa indicar quantas pessoas (e em que continentes) nasceram antes de nós desde o primeiro homo sapiens. Também é possível saber quantas pessoas estavam vivas no dia em que nascemos - ou seja, qual é o nosso "número" individual. Todos os dados sobre a população mundial a partir de 1950 utilizados no site baseiam-se em informação da ONU de 2010. Os dados anteriores a 1950 referem-se a informações actualizadas em 2002, esclarecem as Nações Unidas.

Clique aqui para abrir o programa: http://www.7billionandme.org/about-you.php


Fonte: Publico.pt

População mundial chega aos sete mil milhões


As Nações Unidas garantem que o bebé número sete mil milhões do mundo nasce esta segunda-feira, dia 31 de outubro de 2011. Apesar de ser impossível prever onde nascerá, a Organização aposta que será em Uttar Pradesh, o Estado mais populoso da Índia, onde nascem 11 crianças por minuto.


É hoje que a população mundial chega aos sete mil milhões. E com 200 mil pessoas a nascer por dia os especialistas preveem que, até ao final do século, se ultrapassem os dez mil milhões de pessoas na Terra. Cerca de metade da população mundial atual nasceu nos últimos 40 anos.

"Atualmente, a população mundial está a crescer ao ritmo mais rápido da história", diz Carl Haub, demógrafo do Population Reference Bureau. "Em 1900, estávamos em 1,6 mil milhões. Em 99 anos, capotámos o número para 6,1 mil milhões", acrescenta.

A contagem decrescente começou há dez meses, no 19.º andar de um arranha-céus de Manhattan, onde uma equipa de cinco demógrafos de várias nacionalidades, cada um encarregue de estudar 40 países, territórios e áreas, começou a recolher e trabalhar dados.

Veja, em tempo real, a velocidade a que, em média, cresce a população mundial.

No momento em que este artigo foi publicado faltavam, estatisticamente, sete horas e 18 minutos para nascer o bebé que assinalará o marco dos sete mil milhões de pessoas no mundo. Mas as previsões demográficas têm sempre um grau de incerteza e, apesar de a ONU apostar que nascerá um rapaz em Uttar Pradesh, o Estado mais populoso da Índia, onde nascem 11 crianças por minuto, não deverá fazer o mesmo que em 1999, quando o então secretário-geral Kofi Annan pegou ao colo no bebé seis mil milhões, na Bósnia-Herzegovina. As Nações Unidas apontaram a presença de Annan em Sarajevo, naquele ano, como uma coincidência feliz, mas a situação foi conectada com conteúdo político, após uma década de guerra na ex-Jugoslávia.

Margem de erro
"Mesmo o melhor dos censos tem uma margem de erro de três por cento", afirma Álvaro Serrano, coordenador da campanha "Sete Mil Milhões de Ações", lançada pelo Fundo das Nações Unidas para a População. Mesmo com apenas um por cento de margem de erro, admitindo que as previsões da ONU são certeiras, isto significa que o bebé sete mil milhões tanto pode nascer hoje como pode ter nascido há seis meses, ou vir a nascer até abril de 2012. Ainda assim, a ONU decidiu assinalar o dia simbolicamente e transmitirá uma conferência de imprensa com o secretário-geral Ban Ki-moon esta tarde, em Nova Iorque.

As Nações Unidas afirmam ser agora necessário que os líderes mundiais se reúnam com vista a descobrirem soluções para resolver os problemas causados ​​por uma população em tão próspero crescimento, incluindo o aumento da pressão sobre os meios de subsistência naturais básicos, como os alimentos, a água e o combustível.

De facto, este marco histórico reacendeu velhos debates sobre o controlo da natalidade, a proteção dos recursos naturais e a redução do consumo.

Somos mais, mas estamos mais velhos
Muito do aumento da população ocorre no Continente Africano, o mais jovem do mundo e com maior taxa de natalidade. Segundo os estudos demográficos, a China - que deverá ser ultrapassada pela Índia como o país mais populoso do mundo nos próximos 50 anos -, o Brasil e a generalidade dos países da Europa deverão começar a diminuir o crescimento da sua população pelo envelhecimento contínuo.

Isto porque o crescimento é maior nos países mais pobres, onde os avanços na saúde mantêm as pessoas vivas por mais tempo, enquanto as taxas de natalidade ainda são relativamente altas. O resultado é uma diferença etária enorme entre os países mais desenvolvidos e os que estão em desenvolvimento: a parcela da população acima de 65 anos é de 21 por cento na Alemanha e de 23 por cento no Japão, enquanto que em países como a Gâmbia e o Senegal é de apenas dois por cento.

O envelhecimento da raça humana tem sido mais rápido do que qualquer um poderia ter imaginado há algumas décadas atrás. As taxas de fertilidade caíram globalmente e, simultaneamente, a esperança média de vida aumentou. Mas a transição demográfica abrupta criou uma forte turbulência económica. O envelhecimento da sociedade transformou-se numa crise internacional de grandes proporções. De repente as economias mais desenvolvidas estão desesperadas por bebés, porque precisam de mais trabalhadores para fornecer bens e serviços a um cada vez maior número de reformados e pensionistas. Com efeito, a transição demográfica tem sido um fator significativo na crise financeira na Europa, com o número de trabalhadores a diminuir drasticamente e de forma constante em relação aos aposentados.

A taxa de fecundidade em Portugal, na Alemanha, na Itália, em Espanha e na Grécia é inferior a 1,5 filhos por mulher, drasticamente menor do que o valor considerado ideal para a "substituição" da geração anterior, de 2,1 filhos por casal (a taxa de 0,1 é a acrescentada para contar com as crianças que não atingem a idade adulta).

Segundo o portal Pordata, no momento da publicação deste artigo Portugal teria uma população de 10.568.253 e hoje terão nascido 115 bebés.


Fonte: Publico.pt

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Aspirina pode reduzir alguns casos de cancros hereditários para metade


A aspirina, um dos medicamentos mais conhecidos e consumidos em todo o mundo, voltou a alargar os seus potenciais benefícios: o fármaco foi utilizado num estudo que seguiu cerca de 1000 doentes ao longo de dez anos e mostrou-se eficaz a reduzir o risco de incidência de cancros hereditários – sobretudo o cancro colo-rectal e o cancro do colo do útero.

A investigação, que é hoje publicada na revista científica Lancet, coordenada pela Universidade de Newcastle e financiada pelo instituto Cancer Research do Reino Unido, revelou que a toma regular de aspirina (cuja substância activa é o ácido acetilsalicílico) pode reduzir a incidência e a progressão de alguns cancros de base hereditária.
O estudo decorreu ao longo de uma década, contou com 1000 doentes e envolveu cientistas e médicos de 43 instituições de 16 países. As conclusões agora publicadas mostram que, na amostra incluída no estudo, a incidência de cancro hereditário nos doentes que tomavam aspirina regularmente foi 50% inferior à dos que não a tomavam.
A investigação centrou-se nas pessoas com síndrome de Lynch, uma doença genética que é conotada com uma maior propensão para desenvolver alguns tipos de cancro, sobretudo do cólon e recto. Esta patologia afecta os genes responsáveis por detectarem e repararem danos no ADN. Quase 50% das pessoas com síndrome de Lynch desenvolvem um tipo de cancro, sobretudo colo-rectal e do colo do útero, mas também do estômago, pâncreas, vias biliares, ovários, intestino delgado, etc.. O estudo olhou para qualquer tipo de cancro relacionado com esta patologia e descobriu que pelo menos 30% dos doentes que não tomavam aspirina desenvolveram um cancro, em comparação com os 15% que tomavam o fármaco.
Os investigadores esclarecem, contudo, que mesmo os indivíduos que tomavam aspirina desenvolveram pólipos no intestino – formações apontadas como precursoras de cancro colo-rectal – mas não chegaram a desenvolver mesmo a doença. Um sinal de que a aspirina pode ajudar o corpo humano a destruir as células antes de se tornaram malignas.

Benefícios só com toma prolongada... mas há riscos

Patrick Morrison, da Queen's University, em Belfast, e um dos investigadores do estudo, explica que durante os primeiros anos do trabalho os dados não eram consistentes, “mas nos doentes que tomaram aspirina entre cinco a dez anos os resultados foram muito claros”. O cientista considera, por isso, que o estudo representa um marco no campo da prevenção de patologias oncológicas: “Não só mostra que podemos reduzir a taxa de incidência de cancro e as consecutivas mortes, como abre portas a outras investigações no campo da prevenção”.
Patrick Morrison alerta, contudo, que falta agora apurar qual a dose ideal deste medicamento centenário e os efeitos na população em geral e não apenas nos portadores de síndrome de Lynch. Recomenda também que nenhum doente decida começar este tipo de tratamento sem falar com o médico, já que a aspirina pode ter efeitos secundários nefastos no estômago e pode potenciar hemorragias internas. Há um ano um estudo da London School of Hygiene & Tropical Medicine publicado na mesma revista tinha indicado que uma dose diária de 75 miligramas de aspirina poderia reduzir em 20 a 30% a possibilidade de morte por vários tipos de cancro.
Contactado pelo PÚBLICO, o presidente do Colégio de Oncologia da Ordem dos Médicos, Jorge Espírito Santo, diz que os resultados “não são surpreendentes” e estão em linha com o que já se sabia. O especialista explica que mesmo em Portugal, na prática clínica, já se utilizaram estas substâncias na prevenção dos casos de cancro colo-rectal, “mas devido à toxicidade e à falta de evidência científica sobre as doses ideais” acabou por se abandonar esta abordagem.

O médico alerta, ainda, que a aspirina não é um medicamento inócuo “e que há vários riscos associados à sua toma, em especial em tratamentos prolongados, como é o caso das hemorragias digestivas”. Ainda assim, considera que o estudo, se avançar para uma clarificação das doses necessárias, pode abrir efectivamente portas na prevenção destes cancros de uma forma mais generalizada e económica. Questionado sobre a forma de actuação da aspirina para permitir este tipo de resultados, Jorge Espírito Santo concretiza que, em linhas gerais, o ácido acetilsalicílico inibe uma enzima relacionada com as inflamações, dificultando o processo carcinogénico.Estima-se que pelo menos 10% dos cancros colo-rectais sejam hereditários. Este tipo de cancro é o segundo mais comum na Europa Ocidental. Em Portugal, é a doença oncológica de maior incidência, quase 7000 novos casos todos os anos e responsável por dez mortes por dia, já que o diagnóstico é muitas vezes tardio e apenas é feito quando já existem metástases. Sangue nas fezes, dores abdominais, alterações dos hábitos intestinais, emagrecimento e cansaço sem justificação são alguns dos possíveis sinais, sendo que a partir dos 50 anos é recomendável uma colonoscopia de rotina mesmo a quem não tenha historial familiar da doença.

Fonte: Publico.pt

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

O telemóvel do futuro é de enrolar e muda de tamanho





A próximas novidades tecnológicas já estão a chegar e vão, mais uma vez, revolucionar a forma como comunicamos nas diversas plataformas móveis. Com o novo material denominado grafeno vai ser possível ter um telemóvel que é, ao mesmo tempo, computador e relógio. O novo dispositivo pode ainda ser enrolado e colocado no bolso ou mudar de tamanho e transformar-se num ecrã de computador.

O grafeno é um material 200 vezes mais resistente do que o aço, mas flexível e com uma alta condutividade.

«O grafeno será como o plástico. Estará em toda a parte, porque a amplitude dos seus usos é enorme, vai muito mais além do âmbito electrónico», refere Francisco Guinea, Prémio Nacional de Investigação espanhol, pelos trabalhos que fez sobre este material.

Este material inovador é uma nova forma de carbono puro que consiste numa rede de hexágonos cujos vértices são ocupados por átomos de carbono. É uma folha de espessura atómica, de um único átomo de carbono.

As companhias tecnológicas são as grandes interessadas nas possibilidades do grafeno.

Um dos principais fabricantes de telemóveis desenvolveu um protótipo de um telemóvel que será o primeiro dispositivo que pode ser enrolado e colocado no bolso. O lançamento está já previsto para 2012, noticia o «El Mundo».

Em 2010, o Prémio Nobel da Física foi entregue a dois jovens investigadores russos, pela obtenção de grafeno a partir da ponta de um lápis.

Fonte: TVI24

Descoberta no espaço àgua que dava para encher milhares de oceanos





























Um observatório espacial da ESA detectou uma reserva de água equivalente a milhares de oceanos terrestres, numa região de formação de planetas. Uma descoberta que ajudará a perceber a formação do sistema solar, em particular a origem da água.

O observatório espacial Herschel detectou emissões de vapor de água num disco de pó que rodeia uma estrela jovem. Estas emissões revelam que existe um reservatório de gelo do tamanho de milhares de oceanos, revelou esta terça-feira a Agência Espacial Europeia no seu site.

A estrela TW Hydrae, que terá entre cinco e 10 milhões de anos e está apenas a 176 anos-luz, está na fase final da sua formação e está rodeada de um disco de pó e gás que poderá condensar, formando um conjunto de planetas.

Acredita-se que grande parte da água da Terra tenha vindo à boleia dos cometas, que bombardearam o planeta, durante e após a sua formação, uma hipótese reforçada pela descoberta recente de água com características semelhantes à da Terra no cometa 103P/Hartley 2.

No entanto, até agora ainda não se sabia quase nada acerca dos reservatórios de água nos discos protoplanetários em torno de outras estrelas, pelo que «esta detecção é a primeira do género».

«Pensa-se que o vapor se forma quando a radiação ultra-violeta atinge os grãos de pó, revestidos de gelo, que formam um disco à volta da estrela TW Hydrae», refere a Agência Espacial Europeia.

Este reservatório, equivalente a milhares de oceanos terrestres, pode ser uma fonte de água para os planetas que se venham a formar em torno da jovem estrela.

O investigador Michiel Hogerheijde, da Universidade de Leiden, na Holanda, responsável pelo estudo, afirma que «a detecção de água agarrada aos grãos de pó do disco mostra um processo semelhante aos eventos que ocorreram durante a evolução do nosso próprio Sistema Solar».

Esta investigação abre novas portas à compreensão do papel da água nos discos protoplanetários e oferece uma nova base de testes para a pesquisa da forma como a água veio para o nosso planeta.

«Neste caso, estamos a estudar a matéria-prima para a formação dos planetas, o que é fundamental para a compreensão da forma como os sistemas planetários, como o nosso Sistema Solar, se formaram», refere Göran Pilbratt, cientista de projecto Herschel, na ESA.

Fonte: TVI24

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Khadafi deixou 1300 milhões de euros na Caixa Geral de Depósitos em Portugal


O primeiro depósito na Caixa Geral de Depósitos é datado de 2008, depois de o líder líbio ter retirado todos os fundos públicos do seu país que estavam guardados na Suíça. Khadafi, que foi agora morto na quinta-feira, deixou 1.300 milhões de euros na CGD.

Este dinheiro representa 2% do total de depósitos do banco e está repartido por quatro contas, que foram congeladas em Março, ao abrigo das sanções internacionais contra o regime de Khadafi, revela o jornal «Público», na sua edição desta sexta-feira, depois de ter confirmado o valor total do depósito junto de fontes da banca, do Governo e da diplomacia.

Depois de ter fechado as contas na Suíça, na sequência da prisão do seu filho mais novo e respectiva mulher naquele país, o líder líbio decidiu distribuir o dinheiro por vários países, entre os quais Portugal.

A Caixa poderá ter aqui um problema: «Se o Conselho Nacional de Transição líbio viesse hoje levantar este dinheiro», o banco «teria que pagar, além dos 1.300 milhões, cerca de 40 milhões de euros em juros», escreve o mesmo jornal.


Fonte: Agenciafinanceira

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Fim do mundo já tem hora marcada: esta sexta-feira às 15h00


O pregador evangélico Harold Camping encontrou o ano (2011), o mês (outubro), o dia (21) e, agora, a hora (15h00). O fim do mundo só não tem minuto definido nem fuso horário... Segundo o profeta da desgraça, falta menos de um dia para o apocalipse. A boa notícia: Camping já previu uma vez o ‘Dia de Julgamento’ e falhou. Mas a culpa do erro é da Bíblia.

Há avanços na ciência da profecia. Já faltam menos de 24 horas para as 15h00 desta sexta-feira, dia 21 de outubro, dia em que o mundo acaba, segundo o vaticínio de Harold Camping, o grande mestre das previsões, pregador evangélico do ‘Family Radio’.

O ‘Dia de Julgamento’ está à porta... Harold Camping tenta, pela segunda vez, adivinhar a data do apocalipse. Na primeira tentativa, apontou 21 de maio. A verdade é que, nas primeiras horas de 22 de maio, assim que percebeu o erro, foi encontrar uma explicação.

E culpou a Bíblia. O livro sagrado provocou um erro de interpretação do pregador. Mas Harold não assume o erro e diz mesmo que 21 de maio foi o ‘Dia de Julgamento’, mas em termos espirituais. A partir de então, todos estamos a ser julgados e o nosso destino chega dentro de 20 horas (não se conhece o fuso horário, mas não há previsões perfeitas...).

O Homem atravessa, desde maio, um ciclo de destruição, que termina amanhã, 21 de outubro. É o fim do mundo? Pelo menos, algo acabará: a confiança nas previsões catastrofistas de Harold Camping, que poderá encontrar na Bíblia a razão para mais um falhanço e, quem sabe, uma nova atividade.

Camping tem cara de louco. Certo é que arrasta centenas de pessoas, fieis ao ‘Family Radio’... Na anterior profecia, destruiu a vida de muitas pessoas, que acreditaram na previsão e tomaram decisões inacreditáveis, como vender todos os bens e preparar-se para a morte...


Fonte: PTJornal

Satélite alemão deverá cair na Terra este fim-de-semana


O telescópio espacial alemão Rosat deverá cair na Terra neste fim-de-semana. O satélite, que foi reformado em 1999, nove anos depois de ser lançado, não é comandado e o Centro Aeroespacial Alemão não consegue prever onde vai cair. Estima-se que ao todo, 30 peças não se desintegrem durante a entrada e atinjam a superfície terrestre, com um peso total de 1,7 toneladas. A probabilidade de atingir alguém é, de acordo com o centro, mínima.

O telescópio está a viajar a cerca de 28.000 quilómetros por hora e completa uma órbita terrestre a cada 90 minutos, tornando difícil de prever o momento de impacto. A última estimativa para a reentrada se dar é entre dia 22 e 23 de Outubro, sábado ou domingo.

A órbita em forma de onda do satélite atinge, no extremo, a latitude de 53 graus, que a Norte, por exemplo, será um paralelo que atravessa o Norte da Holanda. Por isso, o satélite passa pela região do globo que contém a maior parte da população humana.

Segundo o Centro Aeroespacial Alemão, a probabilidade de alguém “ser ferido” por uma das peças é de um em 2000. Isto não é o equivalente a que cada pessoa tenha esta probabilidade de apanhar com um pedaço do satélite em cima, mas que em teoria, seria necessário o satélite cair duas mil vezes para acertar numa única pessoa em todo o mundo.

No mês passado, o satélite não comandado UARS da Agência Espacial Norte Americana também caiu na Terra, no oceano Pacífico. Na altura a probabilidade estimada pela NASA de atingir alguém era mais baixa, de um em 3200. Mas mesmo assim, a hipótese do Rosat causar agora um ferido é significativamente remota.

O telescópio foi lançado em 1990, pesa 2,4 toneladas e tem um comprimento de 8,9 metros, uma altura de 4,5 e uma largura de 2,2. O Rosat foi concebido para observar a radiação raio-X no Universo, emitida por estrelas, galáxias e os mais diversos objectos. Descobriu por exemplo que os cometas emitem luz em raios-X.

A informação obtida pelo telescópio entrou em 8000 artigos publicados ao longo dos anos. O satélite, que só estava previsto trabalhar durante 18 meses, continuou a recolher dados durante oito anos.


Fonte: Publico

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Japoneses criam mota movida a fezes


A TOTO, uma das empresas fabricantes de “mobília” de casa-de-banho do Japão, criou uma mota de três rodas que se move pelas… fezes do utilizador.

Como é possível isto acontecer? O banco onde o condutor se senta é uma sanita que recolhe as fezes e transforma-as em combustível.

O projecto chama-se "Toilet Bike Neo" e faz parte de um desafio criado pela empresa para reduzir em 50% as emissões de CO2 até 2017. Segundo a empresa, o objectivo é criar combustíveis sustentáveis para os veículos.

Segundo o site ‘Sppon & Tamago', a engenhoca ainda pode tocar música, escrever mensagens no ar através de imagens de luz residual e falar com o condutor.

O papel higiénico fica na parte traseira e um mini-vaso sanitário decora a parte da frente da mota.

Para conduzir-se o veículo são necessárias algumas precauções como usar capacete e não ler o jornal enquanto conduz ou enquanto "abastece" o veículo.

O lançamento oficial do "Toilet Bike Neo" foi no dia seis do corrente mês.

O produto vai percorrer quase todo o país numa jornada de mais de 960 quilómetros, passando por cidades como Kyoto e Tóquio.


Fonte: CM

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Tempestade solar pode prejudicar a Terra em 2013


Saiba tudo sobre a possível tempestade solar de 2013. Os danos podem ser terríveis, mas ainda são apenas algumas suspeitas.

A NASA é a maior agência quando o assunto é pesquisas espaciais. Em seus últimos estudos, ela identificou que no ano de 2013 tempestades solares poderiam prejudicar seriamente os sistemas da Terra. É algo que preocupa a muitos, os mitos sobre o calendário maia e o fim do mundo podem não ser exatos, mas esses estudos dizem que é possível o nosso planeta ser afetado pela energia dos ventos solares, que mesmo a uma grande distância conseguem afetar a vida e o nosso clima, e no pior dos casos essas tempestades podem causar resultados devastadores a Terra.

Uma das principais consequências da tempestade solar são os efeitos no nosso sistema de energia elétrica, telecomunicação e internet, sendo superior ao poder de um tornado. Uma tempestade solar com força total pode destruir os sistemas de telecomunicações das grandes empresas e atrapalhar os nossos atuais meios de comunicação.

A ideia de ter pontos do nosso planeta prejudicados por tempestades solares é assustadora, mas real, o sol é uma estrela em constante crescimento, sua energia e força aumentam a cada dia que passa. O Sol a cada ano esta mais ativo, ao contrário do que alguns pensavam de que ele estaria se enfraquecendo. A suposição de que essa energia poderia afetar negativamente a Terra já era cogitada por vários cientistas.

Uma tempestade solar do tamanho da prevista para 2013 já aconteceu em 1859 e recebeu o nome de “Evento Carrington”, ganhou esse nome porque quem deu o testemunho do evento foi o astrônomo Richard Carrington. Por causa da tempestade solar vários cabos de transmissões foram eletrificados, escritórios de telégrafos acabaram sendo incendiados e era possível ver fortes auroras boreais. Acredita-se que se realmente a tempestade solar 2013 acontecer será necessário de quatro a dez anos para o planeta se recuperar do danos causados.

A Tempestade solar pode prejudicar a Terra em 2013, por isso, os cientistas da NASA vivem em constante pesquisa, avaliam todos os dados passados para poderem ajudar e conseguir prevenir efeitos piores ao planeta, com esses estudos se a tempestade sola acontecer em 2013 as empresas de energias e telecomunicações já estarão preparadas para proteger seus equipamentos. Além das pesquisas, sondas espaciais ficam enviando informações sobre o sol, tudo isso para os pesquisadores analisarem as informações com perfeição e assim evitar preocupações e desespero.


Fonte: circuitomt

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Verão quente no Outono, uma coisa nunca vista em Portugal


Quase ninguém se lembra de um Outubro tão quente. E os números confirmam: algumas zonas de Portugal estão a enfrentar um calor que não se via pelo menos há 70 anos.

Segundo dados do Instituto de Meterologia, os dez primeiros dias do mês foram de facto excepcionais. A temperatura média no Continente foi 4,4ºC superior à média para o mesmo período. No Porto, com uma temperatura média de 21,8ºC, o desvio chegou a 6,2ºC.

Pelo menos onze recordes de temperatura máxima foram batidos ou igualados. Em seis pontos do país – Évora, Bragança, Montalegre, Mirandela e Guarda – o calor chegou a níveis nunca alcançados desde 1941, data em que começa a série de registos das estações meteorológicas nestas áreas. Noutras seis estações – Castelo Branco, Lisboa, Monção, Cabril, Mogadouro e Carrazeda de Ansiães – também foram ultrapassados os recordes. Mas como as séries de dados são mais curtas, tudo que se pode dizer é o que nunca os termómetros estiveram tão altos nas últimas duas a quatro décadas.

Ter o termómetro ocasionalmente acima dos 30ºC em Outubro não é uma raridade absoluta. “que não é comum é que haja tantos dias seguidos de tempo quente”, diz a meteorologista Maria João Frade, do Instituto de Meteorologia.
Mais uma vez, os números não deixam margem para dúvidas. Nada menos do que vinte pontos do país enfrentaram uma onda de calor, no sentido técnico do termo – ou seja, mais de seis dias seguidos com temperaturas mais de 5ºC acima da média. Em pelo menos duas estações meteorológicas – Alvega (em Abrantes) e Alcácer do Sal – a onda de calor durou 12 dias, até 7 de Outubro.

Uma onda de calor tão longa faz lembrar o Verão de 2003, quando a canícula estendeu-se por duas semanas, com consequências dramáticas nos fogos florestais e na mortalidade da população. Embora as temperaturas agora sejam bem menores, os fogos multiplicaram-se em Outubro e a Direcção-Geral de Saúde prolongou o seu Plano de Contingência para Ondas de Calor.

A própria razão do calor é semelhante à de há oito anos. Uma zona de alta pressão estacionou sobre parte da Europa, formando uma espécie de parede que bloqueia a chegada do tempo húmido do Atlântico e que traz ar quente do Leste. Resultado: calor e tempo seco em Portugal, França, Espanha, Reino Unido e outros países.

“Este bloqueio não é muito diferente do que o que se observou em 2003”, afirma o climatologista Ricardo Trigo, do Centro de Geofísica da Universidade de Lisboa. Além disso, a temperatura da superfície do mar no Atlântico tem estado mais elevada do que a média. “Isto é muito importante”, diz Ricardo Trigo.

O início de Outubro está a contribuir para a situação de seca meteorológica que já abrangia a maior parte do país no final de Setembro, especialmente no litoral Norte, segundo o Instituto de Meteorologia.

Mas, apesar da falta de chuva, as barragens estão com níveis normais ou até acima da média. Das 55 albufeiras monitorizadas pelo Instituto da Água (Inag), apenas oito entraram em Outubro com menos de 40 por cento da sua capacidade. Apenas nas bacias do Douro, Lima, Cávado e Ave, o nível estava abaixo da média.

O início seco de Outubro não chegará para alterar radicalmente este quadro. “Com as secas, as coisas não variam de um dia para o outro”, explica Rui Rodrigues, responsável do Inag pela monitorização dos recursos hídricos. Apenas em áreas abastecidas por pequenas albufeiras – como Bragança, que está em risco de ficar sem água – pode haver alterações mais rápidas, segundo Rodrigues.

O calor tem, no entanto, os dias contados. Segundo o Instituto de Meteorologia, as temperaturas vão começar a baixar gradualmente a partir do sábado, primeiro no litoral. Quanto à chuva, talvez para a semana.


Fonte: Publico

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

21 tesouros escondidos na Europa

A Comissão Europeia deu prémios de excelência em turismo sustentável (EDEN) a 21 destinos europeus. Portugal está aqui representado com o Parque Nacional do Faial.

Os prémios European Destinations of Excellence (EDEN), entregues em Bruxelas no Dia Mundial do Turismo (27 de setembro), foram atribuídos na edição de 2011 a 21 destinos não muito conhecidos, mas que são considerados "tesouros escondidos na Europa" por praticarem turismo sustentável.

A recuperação de património em paisagem natural foi o tema em 2011 para a escolha de destinos EDEN. O Parque Natural do Faial foi um dos destinos premiados, levando Portugal pela primeira vez a entrar no clube de países com destinos que ostentam este rótulo de excelência.

Os prémios EDEN atribuídos em 2011 foram para os seguintes destinos: - Parque Natural do Faial (Portugal)- Delfos (Grécia)- Gmund (Áustria)- Marche-en-Famenne (Bélgica) - Pustara Visnjica (Croácia)- Parque nacional Lahemaa (Estónia)- Montevecchio (Itália)- Stykkishólmur (Islândia)- Kalopanagiotis (Chipre)- Ligatne (Letónia)- Ecoparque de Trasmiera (Espanha)- Great Western Greenway (Irlanda)- Slovácko (República Checa) - Roubaix (França) - Rokiskis (Lituânia) - Mecsek (Hungria)- Veenhuizen (Holanda)- Zyrardów (Polónia) - Gharb (Malta)- Idrija (Eslovénia) - Hamamonu (Turquia).



terça-feira, 4 de outubro de 2011

981 asteróides de grande dimensão ameaçam a Terra


Dos quase 20.000 asteróides que rondam o planeta, cerca de 981 são muito perigosos. Alguns poderão ter mais de 10 quilómetros de diâmetro, semelhantes aos que causaram a extinção dos dinossauros há milhões de anos.

Afinal, os asteróides entre 100 e 1.000 metros de diâmetro que rondam o planeta não são 35.000, como era suposto, mas sim apenas cerca de 20.000. O risco de colisão também é mais pequeno do que era estimado até agora. O problema é que 981 (pensava-se que fossem 1000) são de grandes dimensões e podem, de facto, chegar a ameaçar a Terra.

As novas observações desses corpos celestes - que orbitam a uma distância máxima do sol de 195 milhões de quilómetros e se aproximam da órbita terrestre - foram feitas pelo satélite Wise, da NASA, que observou mais de 100.000 asteróides na cintura entre Marte e Júpiter, 585 dos quais estão próximos da Terra.

Os resultados do estudo dirigidos pelo cientista Amy Maizer, investigador da NASA, foram publicados no "Astrophysical Journal".

NASA localizou 90% dos 981 asteróides de grande dimensão


"Este programa permite-nos fazer uma mostra mais completa da quantidade de asteróides que rondam a Terra e estimar da forma mais precisa possível a sua população total", enfatizou Amy Mainzer.

A NASA, em colaboração com outros organismos, localizou mais de 90% dos 981 asteróides de grande tamanho. Ou seja, 911.

O estudo permite concluir que o risco de colisão com a Terra é inferior ao que se pensava. No entanto, a maior parte desses asteróides, ou seja, cerca de 15.000, está ainda por descobrir. O que significa que são necessários mais estudos para avaliar o risco que representam.

Recorde-se que os dinossauros foram extintos há milhões de ano devido - a teoria mais corrente - à colisão de um asteróide de mais de 10 quilómetros de diâmetro com a Terra. Acredita-se que muitos dos 981 asteróides que rondam o planeta terão dimensão semelhante.



Fonte: Expresso

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Alma, o mais complexo telescópio do mundo já está a trabalhar


A construção do radiotelescópio mais complexo do mundo ainda não terminou, mas o Alma já está a trabalhar oficialmente e pode observar fenómenos únicos no Universo, como a formação de estrelas a partir de material gelado que nem o olho humano, nem a maioria dos radiotelescópios, conseguiriam distinguir.

O Alma, acrónimo de Atacama Large Millimetre/submillimetre Array, está a ser construído no deserto de Atacama, no Chile, a cinco mil metros de altitude, onde não cai uma gota de água há anos, não existe poluição luminosa e onde a atmosfera é mais fina – perfeito para olhar o céu.

É agora composto por 20 satélites que se podem organizar nas mais variadas formas para observarem o Universo, consoante o objecto de estudo, número que já permite iniciar os trabalhos científicos. Mas vai continuar a crescer e em 2013, quando a construção estiver terminada, terá 63 antenas, cada uma de 12 metros.“Vamos poder ser capazes de ver o início do Universo, como é que as primeiras galáxias se formaram. Vamos poder aprender muito mais sobre como é que funciona”, disse Diego Garcia à BBC News, um dos astrónomos do Alma, que declarou que este telescópio anunciava a entrada “para uma nova era dourada da astronomia”. O telescópio custou cerca de mil milhões de euros e é fruto de um trabalho de duas décadas que reuniu o esforço do Observatório Europeu do Sul, um consórcio de 15 países europeus, o Canadá, o Chile, o Japão, Taiwan e os Estados Unidos.As primeiras imagens do Alma, quando era só composto por 12 telescópios e estava em fase de testes, foram libertadas nesta segunda-feira. As imagens são das galáxias Antena, duas galáxias, a NGC4038 e a 4039, que estão colidir na constelação do Corvo. Até agora, os astrónomos tinham só a imagem do Hubble. Com o Alma, as galáxias ganharam novas cores: vermelho, rosa e amarelo. Que anunciam moléculas de monóxido de carbono, presentes nas nuvens de hidrogénio que são o berço de novas estrelas.Os aparelhos conseguem observar comprimentos de onda do tamanho de milímetros, as micro-ondas que os olhos humanos não vêem. Isto permite ver material cósmico muito frio que emite luz pouco energética.“O Alma tem um aumento fantástico de sensibilidade, comparado com radiotelescópios anteriores, esperamos que, a cada três minutos em que o Alma esteja a observar o céu, descubra uma nova galáxia no Universo”, disse John Richer citado pelo Guardian, cientista da Universidade de Cambridge, responsável pelo projecto do telescópio.O entusiasmo científico tem sido enorme. Os responsáveis pelo Alma já receberam 900 projectos para a primeira fase científica de trabalhos do telescópio. Infelizmente, o número de horas que o complexo pode trabalhar é limitado e só foram aceites 100. “Isto representa um nível de procura sem precedentes de qualquer telescópio espacial que esteja no chão”, disse em comunicado Lewis Ball, director do projecto.Alguns dos mais interessantes projectos em que o Alma vai trabalhar vão olhar para perto. Um deles, irá estudar uma estrela que fica a 33 anos-luz do Sol, e viveu apenas um por cento da idade do nosso Sistema Solar. “Vamos utilizar o Alma para recolher imagens do anel de nascimento de planetesimais que acreditamos que orbitem esta estrela”, disse em comunicado David Wilner, que está à frente de um dos primeiros projectos científicos do telescópio. “Só com o Alma é que poderemos descobrir aglomerados nestas cinturas de asteróides, que podem marcar a presença de planetas que não se conseguem ver”, disse o cientista do Centro de Astrofísica Harvard-Smithsonian, em Cambridge.Outro projecto vai olhar para o buraco negro massivo que existe no centro da Via Láctea, chamado Sagittarius A*, que tem quatro milhões de vezes de massa do Sol, a 26 mil anos-luz da Terra. “O Alma vai poder ver pedaços de luz vindos das imediações deste buraco negro super-massivo, e obter imagens das nuvens de gases que são apanhadas pela sua enorme força de atracção”, disse por sua vez Heino Falcke, professor e astrónomo da Universidade de Radboud, na Holanda. “Achamos que algum do gás pode estar a escapar das suas garras, à velocidade perto da velocidade luz”.


Fonte: Publico

QUANDO A CHINA DOMINAR O MUNDO


Título: Quando a China dominar o Mundo: O Final do Mundo Ocidental e o Advento de uma Nova Ordem Global


Autor: Jacques Martin


Escrito em Inglaterra e fortemente apoiada em realidades geopolíticas, Jacques Martin lançou um desafio. Todos os que pretenderem contestar a tese deste livro, de que o título e subtítulo são resumos eloquentes, deverão munir-se de provas e argumentos ainda mais convincentes do que os do autor.

Em resumo, ele afirma que o domínio do Ocidente, liderado nos tempos mais recentes pelos Estados Unidos, será em breve substituído pela influência insinuante da China. O autor está ciente da controversa e, para muitos, assustadora natureza das suas afirmações, pelo que procura apoiá-las num impressionante conjunto acontecimentos históricos, económicos e factos da actualidade.

O autor começa por anunciar o fim da ordem mundial ocidental - ou pelo menos da sua predominância ao longo dos últimos duzentos anos. Para ele, a crise financeira em 2008, marcou uma viragem decisiva na história mundial. Não foram só os triliões de dólares varridos dos livros contabilísticos dos investidores, mas a falência de todo o sistema que ficou publicamente exposto. O autor realça o facto de que o relatório do Conselho da Segurança Nacional dos EUA para 2009 "represente uma mudança de 180 graus" em relação aos anos anteriores, prevendo um mundo em que a América passará a ser apenas mais um dos vários parceiros importantes.

De facto, o declínio dos Estados Unidos, baseado na sua debilidade económica, dá corpo a uma das faces importantes da tese do autor. A China encontra em expansão exatamente quando a influência da América no mundo entra em declínio. A presente Crise Financeira não tem fim à vista. A crise da dívida soberana que nos últimos meses assolou quase toda a Europa e que muitos analistas preveem poder vir a engolfar também os EUA, apenas confirma e reforça o ponto de vista do autor, uma vez que, inversamente, a situação financeira da China se encontra basicamente saudável.

E quanto à China? Será que ela realmente virá a "dominar" o mundo? Aqui, o título é um pouco enganador, uma vez que o autor não prevê que as tropas chinesas venham a ocupar as cidades de um império mundial, como as legiões romanas, ou o exército britânico ou os soldados russos fizeram no passado. Ele nem sequer prevê uma proliferação de bases militares chinesas, em lugares remotos, para substituir as dos Estados Unidos.

Não, ele refere-se a um domínio global que rivalizará e até mesmo ultrapassará o do outrora todo-poderoso Ocidente, no auge do seu poder. O crescimento económico da China constitui o núcleo da sua força e da tese do autor. Dada a sua enorme população e a sua enorme extensão geográfica, a China tornar-se-á o parceiro mais importante e indispensável da economia mundial. Produtores, compradores e vendedores terão que tomar muitas, senão a maioria, das suas decisões em função da China, assim como dezenas de nações têm feito em relação aos Estados Unidos nas últimas décadas.

Os investimentos que a China tem efetuado nas economias da África e da América Latina, e a dependência de estados a Ásia Oriental ao mercado chinês para as suas exportações, permitir-lhe-ão uma presença e poder que nem mesmo os Estados Unidos da América possuíam. Os prognósticos que o autor faz sobre a China conquistar maior voz e votos em instituições como o FMI e o Banco Mundial tornaram-se realidade nos últimos meses, assim como a sua convicção de a China forjar alianças com as outras nações do BRIC e laços monetários e económicos bilaterais com os principais parceiros comerciais. O autor prevê ou o fim do atual sistema de Bretton Woods ou a criação de um sistema paralelo que em breve passaria a ser muito mais importante. Parece que o foco da sua atenção está sendo confirmado, quase todas as semanas. O declínio do dólar e do euro (cuja própria sobrevivência está em causa) irá fazer aumentar o valor do yuan, que pode até tornar-se numa - ou mesmo - na moeda de reserva de eleição.

Aliado ao poder económico, outras formas de poder virão. O poder militar da China, diz ele, poderá vir a ganhar supremacia no teatro do Extremo Oriente, do Sueste da Ásia e talvez até no sul da Ásia, com a Índia cercada por clientes e bases chineses. A sua influência diplomática só vai crescer e a posição da China como membro do Conselho de Segurança será reforçada através de uma crescente influência junto às capitais de todo o mundo, assim como em organismos internacionais como a OMS e a OMC.

Com base na sua longa história e rica cultura, a influência da China estender-se-á às artes visuais, cinema, desportos (veja o que aconteceu com os Jogos Olímpicos de 2008) e a língua. Apesar da sua notória dificuldade, milhões de estudantes estão a procurar aprender o mandarim como uma ferramenta essencial para o sucesso. As universidades chinesas já atraem quase cem mil estudantes estrangeiros todos os anos e estão prestes a juntar-se ao clube das instituições de ensino superior mais bem reputadas do mundo. Nas ciências e tecnologias, o avanço da China tem sido igualmente dramático e o aperfeiçoamento da qualidade dos seus cientistas e engenheiros poderá em breve fazer com que o seu número impressionante se transforme numa força avassaladora no mundo da investigação, onde as suas publicações já são impressionantes.

A comida chinesa, já quase omnipresente, e a medicina tradicional chinesa ir-se-ão impondo cada vez mais no quotidiano das populações mundiais. Os turistas chineses, cheios de dinheiro e ansiosos para viajar, já estão a superlotar os destinos mais famosos da Ásia e podem, em breve, ter o mesmo impacto na Europa e nas Américas, enquanto a Grande Muralha e outros locais transformarão a China no país mais visitado da terra.

"A parte fulcral do livro é a afirmação de que, longe de haver uma única modernidade, haverá, de facto, muitas”. Noutras palavras, a "modernização" não significará "ocidentalização", como muitos acreditavam após a queda do império soviético em 1989. Como Singapura e o Japão demonstraram, um país pode ser bastante moderno, sem perder a sua cultura tradicional ou transformar-se numa democracia do estilo ocidental (o autor adora fazer ressaltar que o Japão só parece ser uma democracia plena).

Prevendo, naturalmente, uma forte oposição ao seu argumento, Jacques constrói o seu caso ao longo de centenas de páginas cuidadosamente arquitetadas e bem documentadas. No entanto, alguns leitores poderão ter reservas, pelo menos pelas seguintes razões:

Embora ele refira que um abrandamento do crescimento económico, ou um incremento de manifestações violentas, que tanto preocupa Pequim, poderia causar sérios problemas ao Partido Comunista e que está ciente de que o problema da corrupção "continua a ser substancial e intrincado, pois as suas causas estão profundamente enraizadas no próprio Partido e na miríade de conexões guanxi ", o autor, ainda assim, afirma que os atuais líderes se manterão firmemente no controlo do poder por décadas. Dos vários cenários possíveis que o autor examina, o que lhe parece mais provável é uma transição muito lenta para um sistema semelhante ao de Singapura.

Outros não estão tão otimistas quanto ao futuro do partido. E se houver outro surto do gás SARS, ou equivalente? Ou outro grande terremoto? E se a Crise Financeira se aprofundar e as exportações da China diminuírem para um nível abaixo do nível necessário para manter um crescimento sustentado? O que acontecerá se a situação na península coreana detonar numa guerra aberta, arrastando consigo os Estados Unidos?

A renúncia do governo atual à política económica de mercado livre, apesar de ter sido altamente eficaz até agora, apresentou deslocamentos característicos das economias planificadas. O historial do socialismo não recomenda que todos se sintam otimistas quanto ao crescimento continuado da economia chinesa. Muitos estão já pedindo a explosão da "bolha" da China, enquanto outros lamentam a perda de eficiência característica de economias estatais.

Embora não pretenda alvitrar em nome do autor, o meu palpite é que ele iria rebater essas questões com a reafirmação de sua tese geral, de que a continuação de algumas tendências parece quase inevitável. A fação de Xangai poderia voltar ao poder e pressionar no sentido de se caminhar para um menor controlo governamental da economia. Embora o autor não mencione tal cenário, mesmo que o partido seja derrubado por rejeição popular maciça contra a corrupção, outros têm avançado a hipótese de que o Exército poderia entrar em cena formando um "governo de salvação nacional" e restaurando a ordem. Um regime militar iria apenas intensificar as tensões distintamente nativistas da sociedade chinesa, que o autor considera fundamental para a sua tomada de atitude futura quer em relação a outros países quer ao seu próprio papel no mundo.

Muitos não aceitarão facilmente a ideia da gradual e dramática extinção da América, mas alguns acreditam que a sua despromoção da posição de superpotência mundial pode ser muito mais abrupta do que até mesmo aquilo que o autor refere, apesar de o seu livro conter advertências alarmantes relativas ao futuro próximo e a tempos traumáticos para os americanos que, refere ele, estão quase totalmente desprevenidos sobre o que lhes está para acontecer. A falência virtual do Ocidente, incluindo a dos Estados Unidos, pressagia uma perda enorme e potencialmente repentina de poder que poderia encurtar significativamente o cronograma que o autor propõe.

Embora ele reconheça a corrupção endémica que permeia a sociedade chinesa, o autor parece não entender os efeitos debilitantes que isso tem sobre o ânimo das pessoas, nem ele diz muito sobre o que os próprios chineses veem como a podridão moral corrosiva que corrói o âmago da civilização. Até que ponto um país nessas circunstâncias se pode tornar quase ingovernável?

O crescente papel dos líderes mais jovens que regressam do Ocidente, especialmente dos Estados Unidos Estados, com perceções e expectativas significativamente mudadas, parece não ter sido devidamente tomado em conta pelo autor.

Outro grande problema com este livro, em todo o resto tão poderoso, é a sua total focalização no aspeto secular. Como a maioria dos analistas, o autor ignora completamente o componente religioso da sociedade chinesa, embora repetidamente se refira à base moral confuciana. Para o autor, o crescimento impressionante do cristianismo, especialmente entre os empresários chinesas e os líderes intelectuais, não tem nenhuma importância, se é que ele está ao par desta tendência fundamental. No longo prazo, no entanto, ele poderá estar certo, mesmo neste ponto, pois noutras épocas anteriores e noutras áreas do mundo, o cristianismo não se tem distinguido por silenciar desejos nacionalistas e imperialistas. Uma igreja chinesa altamente cooperante poderia, de fato, fornecer combustível para o tipo de desígnio mundial que o autor anuncia, especialmente se alguns dos futuros chineses "Constantinos", fortemente pressionados para manter o seu império coeso, elejam inteligentemente uma igreja que possa ter o desejo ardente de "influenciar" o governo.

Isso leva-nos ao que parece ser o segundo ponto principal do autor, que em meu entender ele analisa com uma força quase que imparável: aconteça o que acontecer no futuro, a China não se tornará ocidentalizada, ou um país neoliberal, mas uma sociedade absolutamente chinesa, com determinadas características herdadas da sua longa e extremamente poderosa história e cultura.

Assim, ele conclui o livro com uma reafirmação das "diferenças que definem a China" e que em grande parte darão cor à sua futura posição num mundo cada vez mais sino-cêntrica:

1. A China não é um estado-nação no sentido moderno, mas um estado-civilização. Não encontra a sua identidade em fronteiras arbitrariamente definidas (embora estas sejam importantes), mas na sua cultura e história milenar. Irá "procurar alimento, inspiração e paralelos no seu passado, tanto nos “milénios de glória” como no "século de humilhação”. Como outrora, o Estado será "crucial na sociedade e será tão sacrossanta como era na época imperial."

2. "A China está cada vez mais inclinada a conceber as suas relações com a Ásia Oriental em termos de um sistema estado-tributário, ao invés de Estado-nação”, em que a profunda desigualdade de poder (com a China assumindo-se como o líder incontestável) traz estabilidade. Outros países, nomeadamente alguns da África, poderão ser tratados da mesma maneira, não como iguais, mas como inferiores reconhecendo a superioridade da China.

3. O povo chinês possui uma "atitude distintamente chinesa para com a raça e a etnia." Embora a história possa indicar o contrário, os chineses Han acreditam que todos eles são derivados de um antepassado comum; que a sua raça se desenvolveu em paralelo e não derivou de outras raças; e que eles são superiores a todos as outras raças. As acusações de racismo são veementemente negadas pelos próprios chineses, mas o autor acredita que ele tem a prova que demonstra que "isto está enraizado na psique chinesa”. A sua mentalidade de "império do centro" fará com que a China "permaneça distante, escondida numa nova hierarquia da humanidade, sendo o seu sentimento de superioridade baseado numa combinação de arrogância cultural e racial”.

4. A China vai continuar a operar a partir de uma "plataforma continental de dimensões bem diferentes das outras nações." É realmente uma combinação de vários, mesmo muitos países diferentes. "Este caráter singular da China permite a realização de experiências (como as reformas de mercado) numa determinada área sem necessariamente ter que aplicá-las noutro local.

5. A forma de governo da China continuará a ser distinta: o Estado nunca foi obrigado a "partilhar o poder com ninguém", ou “a prestar contas ao povo”. Tem sempre "presidido à sociedade, de forma suprema e incontestável”. Naturalmente que, a moral confuciana, que defende o Estado, com seu conceito do Mandato dos Céus, inclui um pacto implícito com o povo. Se o governo não conseguir prover ao sustento material essencial, ou permitir a continuação da corrupção desenfreada, pode perder a sua legitimidade e ser substituído.

6. A "Modernidade chinesa ... distingue-se pela velocidade de transformação do país." Por décadas, irá englobar as zonas urbanas modernizadas e as zonas rurais subdesenvolvidas. O passado e o presente serão justapostos, por um período longo, o que significa que a força da história e da tradição vai fazer sentir a sua influência por muito tempo.

7. O Partido Comunista tem governado a China desde 1949. Caracterizado pela flexibilidade e pragmatismo, reinventa-se a si próprio permanentemente e, portanto, a sua probabilidade de permanecer no poder é significativa.

8. Nas "próximas décadas a China combinará as características de um país desenvolvido com as de um país em desenvolvimento", e o sentimento de injustiça será compartilhado por todas as países ex-colonizados combinados com o poderio de um gigante independente.

Como resultado dessas "diferenças", o impacto que a China vai ter no mundo apresentará formas e maneiras inesperadas por grande parte dos pensadores ocidentais. A sua influência será exercida de forma mais maciça que a do Ocidente e assumirá uma forma singularmente chinesa.

"Como potência mundial, a maior preocupação com a China reside... [no] seu profundamente enraizado complexo de superioridade... Se o cartão de visitas do Ocidente foi, muitas vezes, a agressão e a conquista, o da China será o seu arrogante sentido de superioridade e o espírito de hierarquização que isso criou. “ (Neste ponto, recordamo-nos de Ozymandias de Shelley e, talvez ainda mais, das palavras de uma camponesa da Galileia referida em Lucas 1:51-52).

Aqui, de novo, a minha única questão importante tem a ver com o crescimento do cristianismo. Se esta fé se enraizar na cultura chinesa, o seu impacto poderá ser profundo ao fim de algumas gerações. Será que - talvez pela primeira vez na história da humanidade – isso seria suscetível de promover um espírito de humildade e concórdia nacional? Mas isso pertence ao futuro longínquo. Por agora, a nossa convicção é de que o autor produziu uma análise robusta.

12 Junho de 2010

Dr. G. Wright Doyle

Publicado em: “Sociedade e Política Chinesa, Críticas Literárias”